A precariedade do teletrabalho no contexto da era informacional
International Journal of Development Research
A precariedade do teletrabalho no contexto da era informacional
Received 20th February, 2020; Received in revised form 19th March, 2020; Accepted 20th April, 2020; Published online 25th May, 2020
Copyright © 2020, Fernando Fonseca de Freitas Neto. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Este trabalho vislumbra analisar o teletrabalho a partir do processo de reestruturação capitalista e das experiências de diferentes tipos de teletrabalhadores, de modo a melhor refletir sobre as reais possibilidades de “teletrabalhar” em um país de industrialização tardia como o nosso. Para isso, inicialmente, são analisadas as diferentes formas de organização capitalista do trabalho ao longo dos séculos XX e XXI, principalmente àquelas advindas da revolução tecnológica vivenciada no último quartel do século XX. Outro enfoque muito importante do presente estudo é sobre as diferentes possibilidades de qualificação jurídica do teletrabalho à luz da insuficiência dos requisitos clássicos da relação de emprego no teletrabalho e as possibilidades que a doutrina vem apresentando para suprir eventuais lacunas, sobretudo no que se refere ao requisito da subordinação jurídica. Por fim, tecemos considerações sobre a precariedade do teletrabalho no contexto da era informacional e sobre a autonomia no trabalho informacional. Observou-se uma clivagem entre o teletrabalho autentico e o idealizado, na medida em que, ao contrário da promessa toyotista de emancipação pelo trabalho imaterial, autônomo e criativo vinculado às tecnologias da informação e comunicação, houve a reprodução do trabalho taylorizado com o intermédio das tecnologias da informação e comunicação com elementos toyotistas de mobilização subjetiva do trabalhador.