Os impactos do uso de esteroides anabólicos androgênicos no ciclo menstrual de mulheres atletas de alta perfomance
International Journal of Development Research
Os impactos do uso de esteroides anabólicos androgênicos no ciclo menstrual de mulheres atletas de alta perfomance
Received 28th June, 2022; Received in revised form 01st July, 2022; Accepted 19th July, 2022; Published online 27th August, 2022
Copyright © 2022, Marília Gabriela Souza da Silva et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A fisiologia menstrual é estabelecida pela sincronia refinada entre hormônios liberados por diferentes órgãos, que compõe o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano e a influência de areas como córtex cerebral, glândulas adrenais e tireoide. É importante evidenciar, que para o funcionamento adequado, o ciclo menstrual ovulatório precisa da secreção do hormônio liberador de gonadotrofina, que quando liberado, é responsável por estimular a secreção hipofisária de hormônio luteinizante e hormônio folículo-estimulante. Com isso, alterações na síntese, no metabolismo ou excreção destes reguladores determinam modificações no ciclo ovulatório. Os esteroides anabolizantes tem sido amplamente utilizados de forma indiscriminada, principalmente em doses suprafisiológicas, entre adultos e adolescentes para ganho de massa muscular e desempenho esportivo. No entanto, os esteroides anabolizantes promovem a conversão da testosterona, por meio da aromatase, em estradiol e estrona. Com isso, altas doses dessas substâncias geram efeito antiestrogênico, uma vez que a síntese ampliada de hormônios estrogênicos promove a regulação negativa dos receptores androgênicos e competição de estrogênios com os seus receptores e, portanto, repercussão no ciclo menstrual por meio de feedback negativo.