O perfil epidemiológico de pacientes pediátricos contaminados por bactérias multirresistentes em centros hospitalares infantis: revisão integrativa
International Journal of Development Research
O perfil epidemiológico de pacientes pediátricos contaminados por bactérias multirresistentes em centros hospitalares infantis: revisão integrativa
Received 10th June, 2022 Received in revised form 16th June, 2022 Accepted 20th July, 2022 Published online 22nd August, 2022
Copyright © 2022, Lucas Ferreira Alves et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Introdução: A resistência bacteriana a antibióticos é considerada um grande problema de saúde pública em todo o mundo e ocorre, em grande parte, no ambiente hospitalar, devido ao uso indiscriminado e inadequado de antibióticos. Essa prática contribui para o processo de mutações genéticas em microrganismos, resultando em um aumento da patogenicidade desses. As bactérias multirresistentes (MDR) são causadoras de infecções que apresentam alto risco de vida aos infectados, sobretudo quando se trata de pacientes pediátricos, por terem um sistema imune imaturo. Estudos que avaliam o perfil epidemiológico da resistência antimicrobiana, suas causas e impactos, são imprescindiveis no combate à esses microorganismos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no período de março a junho de 2022, através de pesquisas nas bases de dados PUBMED, WOS e SCOPUS. Foram utilizados os seguintes descritores: “Antibacterial Drug Resistance”, “pediatrichospitals” e “epidemiology”, usando como critérios de inclusão artigos dos últimos 5 anos e que correspondessem ao tema. Discussão/ Resultados: Para compreender o perfil epidemiológico de neonatos e crianças que estão internadas em centros pediátricos e desenvolveram multirresistência à antibióticos, faz-se necessário a compreensão dos organismos microbianos mais associados a resistência a fármacos, como a Klebisiellapneumoniae, bem como os fatores de risco relacionados a resistência, como prematuridade e hospitalização prolongada.Assim, este estudo analisou características como idade, sexo, doenças prévias, presença de fator predisponente, tipo de internação, uso frequente de antibióticos, falta de saneamento e higiene e baixa adesão às práticas de controle de infecção. Nesse sentido, observouque crianças são o maior grupo de risco para infecções por MDR, e pacientes pediátricos com condições clínicas prévias tiveram ainda maior risco de infecção associada a esses agentes microbianos multirresistentes, principalmente os menores que 1 ano. Conclusão: Foram observadas taxas elevadas de resistência microbiana na população infantil com histórico de hospitalização e realização de procedimentos invasivos durante a internação, sendo que as recomendações devem se basear em discussões multidisciplinares para uma melhor prática. Logo, evidencia-se uma necessidade de reavaliação das condutas na manipulação e controle dos antibióticos, a fim de obter melhores estratégias terapêuticas, dados microbiológicos e a maneira de como utilizá-los para reduzir o consumo de antimicrobianos, além de otimizar a administração de antibióticos.