MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL, NO PERÍODO DE 2017 A 2021

A mortalidade materna e a Razão de Mortalidade Materna (RMM) são importantes indicadores a fim de avaliar a qualidade assistencial. Destaca-se a importância de conhecer as disparidades locais com intuito de subsidiar processos de gestão e políticas de saúde. Portanto, o objetivo deste estudo foi traçar o perfil da mortalidade materna no Amapá, norte do Brasil, entre os anos de 2017 e 2021. Foram coletados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre os números de mortalidade materna. Foram registrados 55 casos e RMM de 72,19 a cada 100.000 nascidos vivos, sendo na maioria mulheres solteiras, pardas, entre 20 e 29 anos e que possuíam de 8 a 11 anos de estudo. O ano de 2020 registrou a maior RMM alcançando 102,51 casos para cada 100.000 nascidos vivos. As mortes por causas obstétricas diretas foram maioria quando considerados os cinco anos avaliados, entretanto, as causas indiretas superaram as diretas no ano de 2021. Os resultados apontam para a necessidade de revisão e priorização de políticas de saúde voltadas à saúde materna visto que os dados encontrados se encontram acima das médias nacionais e das metas internacionais provavelmente devido a fatores socioeconômicos e a um pré-natal insuficiente.