Fibrilação atrial como fator preditor do acidente vascular encefálico: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento
International Journal of Development Research
Fibrilação atrial como fator preditor do acidente vascular encefálico: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento
Received 27th January, 2023; Received in revised form 16th February, 2023; Accepted 27th February, 2023; Published online 28th March, 2023
Copyright©2023, Lucas Mainardo Rodrigues Bezerra et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) representa uma doença cerebrovascular de início súbito e rápido em que ocorre disfunção neurológica decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo, órgão do Sistema Nervoso Central (SNC). Fatores de risco associados são: sedentarismo, etilismo, uso de anticoncepcional oral, gênero masculino, obesidade, tabagismo, faixas etárias mais avençadas, dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica, diabetes, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. No Brasil, o derrame cerebral se configura como a principal causa de morte e de incapacidades, prejudicando a qualidade de vida nos âmbitos funcional, social e laboral das pessoas. O AVE como emergência possui como cuidados iniciais ainda em fase pré-hospitalar, uma vez que o tempo é um fator imprescindível para guiar a conduta médica, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) possui papel fundamental para o atendimento ágil e eficaz do paciente no Brasil.No tocante às causas cardiogênicas, a principal é a fibrilação atrial (FA), arritmia supraventricular mais comum na prática clínica que consiste em uma desorganização na atividade elétrica atrial, tendo-se como como efeito a perda da capacidade de contração por parte dos átrios, não ocorrendo a sístole atrial. Várias alterações fisiopatológicas levam à ocorrência de fibrilação, incluindo fatores hemodinâmicos, eletrofisiológicos, estruturais, autonômicos (moduladores), além de fatores desencadeantes representados pelas extrassístoles e taquicardias atriais.O diagnóstico da FA inclui, além de exames complementares, a história clínica e o exame físico.