Uso de chás para os desconfortos do período gestacional

International Journal of Development Research

Volume: 
13
Article ID: 
26340
2 pages
Research Article

Uso de chás para os desconfortos do período gestacional

João Vitor de Menezes Santos, Antônio Fernando S Marques, Rita de Cássia Barroso Tavares de Graça, Dhara Hanna Oliveira Silva, Brenda Michelly da Silva Carvalho, Fernanda Cafezakis Coelho Amoedo, Juliana Saraiva Gomes, Larisse Lima da Silva Nascimento, Maria Lohane Castilho de Almeida, Vitor Viana Alves, João Vitor de Menezes Santos, Giovanna Barcelos Fontenele Pereira and José Araújo de Figueiredo Neto

Abstract: 

Introdução: Definimos os chás como sendo parte da fitoterapia que é definida como a pratica de tratamentos que utiliza matéria prima de origem exclusivamente vegetal, sendo seu uso regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. A prática do uso de fitoterápicos pela população é fundamentada na facilidade do acesso a esses insumos e seu baixo custo de aquisição, desta forma, tornando se uma opção de fácil acesso. Metodologia: para a realização desse trabalho, optou-se pelo método de revisão narrativa da literatura, sendo um estudo qualitativo. Nesse contexto, sendo os critérios de inclusão: artigos disponíveis em inglês ou português, publicados nas bases de dados Lilacs, Pubmed, Scielo e Periodico Capes, além de serem relacionados com os Descritores em Ciencias da Saúde (Chás medicinais; Obstetrícia; Humanização da saúde). Resultados: A região amazônica, sendo uma região que tem sua cultura grandemente fundamentada nas práticas e costumes de povos indígenas utiliza dos conhecimentos herdados desses povos para lidar com às necessidades básicas de saúde das populações locais. Na abordagem clínica, vemos o uso constante de chás, ervas, emulsões e “garrafadas” que são preparados a partir de matérias-prima como: cascas, folhas e raízes com o objetivo de tratar ou minimizar desconfortos do período gestacional, uso esse que é baseado na experiência empírica e conhecimento cultural da paciente. Devido à sua enorme variedade de espécies conhecidas e sua longa história de uso em chás, tanto para alimentação quanto para remédios em muitas culturas, as plantas continuam a ser uma promessa considerável como fonte de novos medicamentos. Segundo estudos, as plantas medicinais populares boldo (Peumus boldus) e carqueja (Baccharis genistelloides) apresentam propriedades antioxidantes, capacidade de retardar o aparecimento de diabetes, propriedades anti-inflamatórias e propriedades citoprotetoras em humanos adultos. No entanto, devido aos fortes indícios de teratogenicidade e hepatotoxicidade causados pelo chá de boldo e riscos estabelecidos de aborto espontâneo para gestantes que tomam chá de carqueja, os chás dessas duas ervas devem ser evitados pelas mesmas. Ademais, estudos randomizados conduzidos com a erva Camellia sinensis, popularmente conhecida como chá verde, indicaram que a mesma apresenta capacidades de induzir a rápida proliferação celular, diminui a inflamação, promove a revascularização e tem efeitos analgésicos para acelerar a cicatrização de feridas. No entanto, vários estudos observaram consequências negativas para a saúde do consumo de chá verde, incluindo hepatotoxicidade, distúrbios gastrointestinais (vômitos e diarreia), efeitos ansiogênicos e possíveis interações com medicamentos prescritos. Essa dicotomia de achados científicos realça a necessidade de novos estudos mais aprofundados nos efeitos da utilização de chás fitoterápicos durante a gravidez. Considerações Finais: Diante do exposto, pode-se notar a importância do profissional prestador de cuidados pesquisar novas metodologias de assistência, sendo a fitoterapia um mecanismo mas barato e com menos complicações para o binômio materno-infantil.

DOI: 
https://doi.org/10.37118/ijdr.26340.03.2023
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