Lombalgia, incapacidade e avaliação da qualidade de vida no trabalho em docentes universitários do centro-oeste brasileiro em período da pandemia pela Covid-19

Mention Os docentes universitários apresentam uma alta incidência de sintomatologia musculoesquelética, sendo a lombalgia inespecífica (LI) uma das mais frequentes, a qual pode estar relacionada com fatores biopsicossociais e laborais e ocasionar prejuízos psicofísicos, econômicos, sociais, absenteísmo e incapacidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de LI e incapacidade e a sua influência na qualidade de vida no trabalho (QVT) em docentes universitários do centro-oestre brasileiro em tempos de pandemia pela Covid-19. Participaram deste estudo 220 docentes que responderam um questionário on-line, com questões relativas às variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de hábitos e estilos de vida, intensidade da dor, presença de incapacidade, nível de atividade física e avaliação da QVT. A análise dos dados foi feita de forma descritiva (média, desvio padrão, valor mínimo e máximo) e para o cruzamento das variáveis utilizou-se os testes Qui Quadrado, U de Mann-Whitney, H de Kruskal-Wallis e o coeficiente de correlação rô de Spearman para analisar a relação entre as variáveis, com p ≤. 0,05. Concluiu-se que houve uma prevalência de LI em praticamente metade dos docentes, sendo a maioria crônica, com predomínio de dor moderada e manifestação diária. Os docentes acometidos pela LI apresentaram uma baixa prevalência de incapacidade e uma QVT satisfatória. A taxa de absenteísmo foi muito baixa e as situações que influenciaram a LI, a presença de incapacidade, com repercussões negativas na QVT, foram a presença de dependentes no domicilio, carga horária excedente àquela da UniRV e IF Goiano, depressão, ansiedade, uso de ansiolíticos e antidepressivos, satisfação no trabalho, qualidade do sono, sedentarismo, temperatura, iluminação e o rúído no local de trabalho.