Impacto da ingestão energética sobre o estado nutricional de crianças com paralisia cerebral

A paralisia cerebral (PC), conhecida como encefalopatia crônica não progressiva, tem como um dos principais fatores etiológicos infecções, traumatismos e hipóxia, o que acarreta em disfunções neuromotoras. A desnutrição em pacientes com PC está habitualmente relacionado à baixa ingestão energética. O objetivo deste estudo é relacionar o estado nutricional e a ingestão energética em crianças e jovens, atendidos em um Centro Especializado em Reabilitação. Os critérios de inclusão neste estudo foram pacientes atendidos no Centro Especializado em Reabilitação, que tinham diagnóstico de paralisia cerebral, de faixa etária de 0 meses até 13 anos, independente de raça ou classe social. A participação consistiu na autorização do responsável pela criança, após isso foi feita a coleta de dados do prontuário do setor de nutrição. Os dados coletados foram: uso de suplementação, idade, altura, perímetro cefálico, peso, diagnóstico clínico, via de alimentação, complicações relacionadas a alimentação, recordatório alimentar, sexo e sintomas gastrointestinais. A classificação quanto a idade variou entre 01 e 13 anos de idade, sendo a idade média de 4,29±2,28 anos, destas 98% faziam uso de suplemento alimentar e atingiram a taxa de metabolismo basal estimada, onde mais de 50% das crianças precisavam de adaptação da dieta, devido problemas de deglutição.