A fisiopatologia e o uso do canabidiol no tratamento de pacientes acima de 60 anos portadores da doença de parkinson

Introdução: A doença de Parkinson é uma desordem neurodegenerativa que resulta de uma alteração que provoca a redução de neurônios dopaminérgicos da substância negra. A deficiência desse neurotransmissor compromete diversas funções, causando diminuição de movimentos voluntários, rigidez muscular, bradicinesia, acinesia, instabilidade postural, além de déficits emocionais e cognitivos. Ademais, as desordens motoras e não motoras provocadas pela doença de Parkinson levam a quedas, isolamento social, perda de hobbies e atividades de lazer, aumento da dependência para atividades de vida diária (AVDs). Em razão disso, é necessário que uma intervenção seja feita com múltiplos profissionais para que todas as questões que o paciente esteja vivenciando sejam atendidas. Logo, além do tratamento farmacológico, devem ser incluídos a fisioterapia, a terapia ocupacional e a fonoaudiologia. Para sanar esta demanda, é demonstrado na literatura um interesse no uso do canabidiol como um possível tratamento para a doença de Parkinson, uma vez que, os estudos com a utilização dessa substância se mostraram relevantes. Objetivo: Analisar a produção bibliográfica existente acerca do uso de canabidiol como terapêutica para pacientes em faixa etária superior a 60 anos, portadores da Doença de Parkinson, e o impacto sobre sua qualidade de vida. Metodologia: Revisão integrativa realizada no período de fevereiro até junho do ano de 2022, por meio de pesquisas nas bases de dados: Scielo, Capes e BVS. Foram usados os descritores: doença de Parkinson, tratamento, canabidiol, qualidade de vida. Desta busca foram encontrados 131 artigos, posteriormente submetidos aos critérios de seleção. Os critérios de inclusão foram: artigos em inglês e português que abordem pacientes acima de 60 anos e portadores de Parkinson publicados entre 2012 e 2022, revisados por pares e que incluem o uso terapêutico de canabidiol. Os critérios de exclusão foram: artigos em outras línguas, pacientes abaixo de 60 anos, artigos que foram publicados a mais de 10 anos e que não empregam tratamentos farmacológicos. Após os critérios de seleção restaram 92 artigos que foram submetidos à coleta de dados. Resultados e discussão: A análise dos artigos foi feita, obtendo resultados favoráveis ao uso medicinal do canabidiol. Considerações finais: O presente trabalho contribui para a investigação do progresso dos estudos sobre o uso de canabidiol para o tratamento de Parkinson. Além de incentivar a pesquisa a respeito desse tema, ao colocar essa questão em mais evidência por meio da apresentação dos avanços feitos nessa área.