Considerações sobre a alta em linguagem nos atendimentos fonoaudiológicos

O presente estudo abordou a alta em linguagem, uma das principais etapas da terapia fonoaudiológica. O objetivo da pesquisa foi o de refletir como os profissionais a concebem, quais são os principais critérios que utilizam para validar sua decisão e como procedem neste momento terapêutico final. A pesquisa desenvolvida foi do tipo quanti e qualitativa, de caráter descritivo e corte transversal. Ela foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade sob o número 4.201.322/2020. Os dados foram colhidos por meio da aplicação de questionário semiestruturado em 11 fonoaudiólogas, que atuam no CEPRE/Unicamp. Todas as participantes eram do gênero feminino, tinham entre 22 e 65 anos de idade, 72,72% eram formadas em universidades públicas e 27,27%, em privadas. Os resultados mostraram que existem modos diferentes de se dar a alta fonoaudiológica, por este grupo de profissionais, para os sujeitos submetidos ao atendimento por apresentarem alterações em linguagem: um relacionado à Fonoaudiologia Tradicional, em que protocolos são normalmente utilizados, e outro relacionado à Fonoaudiologia não-Tradicional, em que roteiros são usados. Verificou-se também que existem poucos estudos que tratam da “alta” na área de Fonoaudiologia. Neste sentido, a pesquisa desenvolvida pode dar sua contribuição.