Avaliação das espessuras de tábua óssea vestibular e lingual de incisivos inferiores em diferentes tipos faciais por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico
International Journal of Development Research
Avaliação das espessuras de tábua óssea vestibular e lingual de incisivos inferiores em diferentes tipos faciais por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico
Received 18th October, 2020; Received in revised form 29th November, 2020; Accepted 20th December, 2020; Published online 30th January, 2021
Copyright © 2021, Isabela Poggi de Lima et al, 2021. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A avaliação precisa da espessura da cortical óssea alveolar previamente ao tratamento ortodôntico é de suma importância para a escolha e planejamento do tratamento visando evitar sequelas como deiscências, fenestrações ou grandes recessões gengivais. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem se mostrado uma ótima ferramenta, pois permite mensurações confiáveis nos três planos anatômicos e fornece imagens de alta resolução. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a espessura das tábuas ósseas vestibular e lingual na região de incisivos inferiores por meio de TCFC e correlacionar essas medidas com os diferentes tipos faciais. Para tanto, foram avaliados 60 exames de TCFC divididos de acordo com o tipo facial dos pacientes, braquifacial (n=18), mesofacial (n=18) e dolicofacial (n=24), onde foram realizadas medidas entre o terço médio e apical da raiz, do ponto mais externo da raiz até o ponto mais externo da cortical óssea, tanto na face vestibular como lingual, em cada dente da região anterior inferior, no software Xoran (Xoran Technologies – Ann Arbor, MI, EUA). A mensuração foi feita por um único avaliador, sendo realizada em três períodos diferentes, inicial (T0), após 30 dias (T1) e após 60 dias (T2). As medidas obtidas foram então correlacionadas com os tipos faciais. Os resultados demonstraram, por meio do teste two-way ANOVA e post hoc Bonferroni, que os pacientes braquifaciais apresentaram espessura significativamente maior que os dolicofaciais. Os testes de Kruskal Wallis e Dunn foram utilizados para comparações entre os dentes e faces e revelaram que a espessura da cortical é significativamente menor na face vestibular para os dentes 32 e 42 nos três grupos, 41 nos grupos braqui e mesofacial e 31 nos grupos mesofacial e dolicofacial. Na face lingual do dente 42, a cortical óssea apresentou espessura significativamente maior que na região do dente 41 nos três tipos faciais. Conclui-se que a espessura das tábuas ósseas vestibulares é maior do que as linguais nos incisivos inferiores e que o tipo facial influencia diretamente essas medidas.