Atendimento inicial ao paciente politraumatizado em uma unidade de emergência

O estudo teve como objetivo avaliar as dificuldades dos enfermeiros de uma unidade de emergência no manejo do paciente politraumatizado. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com enfermeiros que atuam na emergência de um hospital público da região sudoeste do estado da Bahia, Brasil. Amostragem ocorreu de forma não probabilística, por conveniência, com amostra composta por 19 enfermeiros. Os dados foram analisados por estatística descritiva simples. Identificou-se que 84,2% dos participantes referiram ter bom conhecimento sobre atendimento ao politraumatizado. Como potencialidades, foram elencados a qualificação da equipe da emergência (36,7%)%) e serviço de bioimagem (23,4%). As dificuldades referidas incluíram a alta demanda de atendimentos (34,2%) e estrutura inadequada da unidade (26,3%). Quanto à estrutura física, 56,2% dos participantes a caracterizam como regular e, 57,9% caracterizaram os materiais e equipamentoscomo bons. Relacionado aos conhecimento sobre atendimento ao paciente politraumatizado, 64,7% das questões foram marcadas corretamente. O presente estudo demonstrou a complexidade na assistência inicial ao paciente politraumatizado e que as dificuldades relatadas pelos enfermeiros, como a deficiência de recursos humanos e materiais, estrutura física inadequada, ausência de protocolos assistenciais e a alta demanda de atendimentos representam, em partes, o cenário da saúde no território nacional.