Aproximações sobre os pesquisadores que defendem explicitamente a terceirização da saúde pública e suas trajetórias profissionais
International Journal of Development Research
Aproximações sobre os pesquisadores que defendem explicitamente a terceirização da saúde pública e suas trajetórias profissionais
Received 27th January, 2021; Received in revised form 17th February, 2021; Accepted 11th March, 2021; Published online 13th April, 2021
Copyright©2021, Ibrahim Rogério Jarochinski Marinho and Leonardo Carnut. 2021. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Este estudo pretende identificar quem são os pesquisadores que defendem explicitamente a terceirização da saúde pública no Brasil. Para isso, foi realizada uma revisão a qual a primeira parte constituiu-se de uma revisãonarrativa, minimamente sistematizada, cuja fonte foi a base dados de publicações científicas da Biblioteca da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a segunda parte de uma pesquisa no currículo Lattes dos pesquisadores encontrados para compreender melhor sua trajetória profissional. A estratégia de busca na base da FGV foi construída pelos polos:terceirização (fenômeno), forças políticas neoliberais (população) e Sistema Único de Saúde (contexto). O limite de idioma foi apenas a língua portuguesa. O protocolo PRISMA foi usado para organizar o processo de seleção dos estudos. A análise dos dados foi feita na modalidade narrativa simples. Apenas 3 artigos foram incluídos que defendiam explicitamente a terceirização do SUS e foram identificados 7 pesquisadores-autores. No currículo Lattes dos autores foram extraídos: formação de graduação, área do doutorado, filiação a grupos de pesquisa, a revista das últimas publicações, o local de trabalho atual, o caminho profissional e as relações pessoas e orientadores. No Diretório de Grupos de Pesquisa do Lattes identificou-se os financiamentos de pesquisa, as instituições parcerias e a posição do líder do grupo de pesquisa. A maioria apresenta formação da área das ciências sociais aplicadas e apenas uma em enfermagem. Dos 7pesquisadores apenas 1 está atuando exclusivamente na área pública, enquanto 6 deles encontram-se prestando algum tipo de serviço à iniciativa privada. Conclui-se que, ainda que com um caráter exploratório, esta pesquisa gera algumas reflexões para defender o SUS tais quais: qual a relevância social dos temas que são pesquisados nas universidades públicas? como estas pesquisas, financiadas com impostos pagos sobretudo pelos mais vulneráveis, poderão colaborar para a transformação da sociedade atual?