Trabalho e gerações: qual o impacto do fenômeno da longevidade no mercado de trabalho?

O presente presente artigo, resultante do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de Especialização em Gerontologia da primeira autora, orientado pela segunda, pretende explorar as contradições existentes entre os estudos do desenvolvimento no processo do envelhecimento, as pesquisas sobre a demografia no Brasil e no mundo, e qual o impacto e desafios do aumento da população de longevos no mercado de trabalho. Foi escolhido para fundamentar esta pesquisa, o autor Paul Baltes (1990), um dos teóricos do Paradigma Life Span, que defende o desenvolvimento contínuo ao longo da vida considerando, entre outras questões, o equilíbrio entre ganhos e perdas, em contraposição à teoria mecanicista, negando a possibilidade de desenvolvimento a partir da idade adulta e na velhice. As evidências apresentadas pelos estudos demográficos, no Brasil e no mundo, apontam para a diminuição da base da pirâmide etária, com crianças e pessoas jovens. Assim como o aumento no meio e no topo da pirâmide, com pessoas mais velhas, indicando aumento na expectativa de vida por ocasião do nascimento. Mesmo que os estudos apontem para a elevação da população de pessoas mais velhas com expectativas de vida mais saudável e ativa, o mercado de trabalho ainda é muito tímido para absorver essa população prateada, como chamam alguns especialistas. São os Baby Boomers que revolucionaram o mundo na década de 70 e, agora na maturidade, continuam com disposição para continuar a revolução.