Série histórica do HIV/AIDS no estado da Bahia de 2006 a 2018

International Journal of Development Research

Volume: 
09
Article ID: 
17653
14 pages
Research Article

Série histórica do HIV/AIDS no estado da Bahia de 2006 a 2018

Marcela Silva de Araújo, Quezia Ferraz Rocha Santos, Emanuella Silva Cirino, Luciana Araújo dos Reis, Luana Araújo dos Reis, Érika Pereira de Souza, Roberta Alves Cardoso and Lorena D’Oliveira Gusmão

Abstract: 

Introdução: A Acquired Immunodeficiency Syndrome – AIDS, é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. Objetivo: Traçar o panorama epidemiológico do HIV/AIDS no estado da Bahia entre os anos 2006 a 2018. Metodologia: Este caracterizou-se como um estudo ecológico, de série histórica, retrospectivo, de natureza descritiva e abordagem quantitativa, no qual empregou-se a coleta de dados secundários na base de dados do SINAN. A série histórica abarcou o período de 2009 a 2018. Realizou-se cálculos epidemiológicos e análise descritiva simples, por meio do Microsoft Excel. Resultados e Discussões: Foram registrados na Bahia de 2006 a 2018, 22.622 casos de HIV/AIDS, com tendência crescente até 2013, e menor incidência do agravo em 2018, com registro de 736 casos. No que concerne ao perfil da amostra estudada identificou-se que a maioria da amostra era do sexo masculino, com a média de razão de sexo de 1,5. A raça mais acometida foi a parda e a menos afetada a indígena. O nível de escolaridade mais associado foi o Fundamental II incompleto. A taxa de detecção em gestantes por 1.000 nascidos vivos, foi de 2, sendo que o ano de maior detecção no intervalo de estudo destacado foi o de 2016, com 424 casos, e o de menor incidência em 2018, com 164 casos. Ao longo deste período foram registrados 6.550 óbitos por AIDS, sendo que a média do coeficiente de mortalidade por 100.000 habitantes. foi de 3,4. A maior mortalidade identificada foi em 2011 e a menor em 2006. Acresce que excetuando o ano de 2012 a taxa bruta de mortalidade foi crescente até o ano de 2015. A categoria mais exposta foi a de bissexuais (52%), seguida por homossexuais (16%) e em usuários de drogas injetáveis (10%). Conclusões: A pesquisa permitiu o reconhecimento dos grupos de maior vulnerabilidade a infecção por HIV/AIDS. Cumpre salientar que, este estudo, possibilitou um olhar mais crítico e singularizado acerca do panorama do HIV/AIDS no estado da Bahia, apontando a necessidade de aperfeiçoar as políticas públicas no Estado, que atendam às mudanças epidemiológicas ocorridas e que promovam melhores condições de vida e de saúde a população de maior vulnerabilidade, intuindo minimizar os danos causados por este agravo. Destaca-se a necessidade de intensificar as ações de prevenção e tratamento precoce no intuito de reduzir a circulação do vírus entre estas populações.

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