Fatoresbiopsicosocioespirituais vivenciados por pacientescom ferida crônica
International Journal of Development Research
Fatoresbiopsicosocioespirituais vivenciados por pacientescom ferida crônica
Received 06th May, 2021; Received in revised form 14th June, 2021; Accepted 09th July, 2021; Published online 26th August, 2021
Copyright © 2021, Tatiana Martins da Silva et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Introdução: Uma revisão na literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saude (BVS) com os descritores enfermagem and úlceras de pernas, aponta que os estudiosos estão mais preocupados com os cuidados com as feridas do que com a pessoa que tem uma ferida em seu corpo. Isso nos faz refletir, para a importância de se discutir o lado humano do cuidado na enfermagem que em algumas vezes percebe-se o discurso teórico afastado da prática acaba em que nós, enfermeiros, deveríamos centrar o cuidado na pessoa com um problema de saúde/doença e não somente na doença em si. Objetivo:Objetivo do estudo foi descrever os fatores biopsicosocioespirituais vivenciados por pacientes com feridas crônicas segundo suas próprias narrativas.Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo que utilizará um diário de campo contendo informação sociodemográficas e clínicas dos pacientes e também pelo modelo de Entrevista para a obtenção de Narrativas de Experiências e Sentidos de Adoecimento e Sintomas - Mc¬GillIllnessNarrative Interview – MINI. Resultados:foram estudados três pacientes com feridas crônicas P1, P2,P3, com idade média de 60 anos, dois do sexo masculino e um do sexo feminino, que têm diferentes sentimentos frente a ferida, P1 aceitação, P2 indiferença, P3 raiva. Foram identificados os seguintes fatores vivenciados pelos participantes que podem influenciar e até mesmo retardar a cicatrização da ferida: ausência de atividade física regular, ferida infectada com presença de tecido necrótico, Diabete Mellitus tipo II, baixa de adesão ao tratamento, baixo nível de escolaridade, alimentação rica em gorduras e carboidratos, hipertensão, obesidade , tabagismo, etilismo, curativos realizados de forma não estéril, religiosidade/espiritualidade. Conclusão: Quando enfermeiros colocam os pacientes que vivem com uma ferida crônica como protagonista do cuidado, dando voz ativa por meio das narrativas de experiências e sentidos de adoecimento e sintomas, é possível identificar os fatores biopsicosocioespirituais que podem estar interferindo no processo de cicatrização da ferida e a partir destes elaborar e implementar planos de cuidados de enfermagem para um cuidado integral que incorpora a ideia da integralidade na assistência à saúde, unificando ações preventivas, curativas e de reabilitação.