A crônica e a casa assassinada: o discurso da feminilidade freudiana em lúcio cardoso
International Journal of Development Research
A crônica e a casa assassinada: o discurso da feminilidade freudiana em lúcio cardoso
Received 11th February, 2021; Received in revised form 26th March, 2021; Accepted 08th April, 2021; Published online 22th May, 2021
Copyright © 2021, Alaiana Menezes da Silva et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O presente artigo tem por objetivo realizar uma leitura com base na perspectiva psicanalítica, centrada na Teoria da Feminilidade de Sigmund Freud, do longa-metragem A casa assassinada (1971), dirigido pelo cineasta Paulo César Saraceni, uma vez que este é baseado no romance de Lúcio Cardoso, Crônica da casa assassinada (1959). A análise busca a elucidação da personagem Nina, tendo em vista que esta ocupa lugar central na narrativa e apresenta traços que corroboram para a teoria freudiana. Posteriormente, será esboçada uma breve relação entre cinema e psicanálise, no que diz respeito a interlocução entre ambos na área de estudos psicanalíticos. No entanto, antes de fazermos esta relação entre cinema e psicanálise, em diálogo com o romance Crônica da casa assassinada, desenvolveremos uma breve análise de dois pontos que consideramos ser determinantes para que, de fato, ocorra o processo de feminilidade na narrativa: os múltiplos pontos de vista dos narradores e, principalmente, o alto grau de representatividade no romance. Também, abordaremos como ocorrera o processo de evolução estilística na composição literária cardosiana até que o autor chegasse a produção de sua obra-prima Crônica da casa assassinada.