Identificação de candida krusei oral em um paciente da unidade de terapia intensiva: relato de caso
International Journal of Development Research
Identificação de candida krusei oral em um paciente da unidade de terapia intensiva: relato de caso
Received 08th August, 2022; Received in revised form 26th August, 2022; Accepted 10th September, 2022; Published online 30th September, 2022
Copyright © 2022, Fabiane Marques dos Santos Freire et al This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Introdução: As infecções adquiridas em hospitais, as conhecidas nosocomiais, representam uma preocupação significativa na área de saúde pública, especialmente em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A candidíase é considerada a infecção fúngica mais comum em humanos e, frequentemente, é causada pela Candida albicans. No entanto, outras espécies de candida não albicans também podem colonizar a mucosa oral e provocar candidíase. Objetivo: Descrever o relato de um paciente da UTI que apresentou candidíase em mucosa oral associada a C. krusei. Relato do caso:Paciente do sexo masculino, pardo, 58 anos, diagnosticado com mieloma múltiplo e internado na UTI há 30 dias, apresentouao exame físico intraoral, lesão crostosa em mucosa labial, relacionado ao trauma do tubo orotraqueal. Em outras regiões da mucosa oral não foram observadas alterações clínicas sugestivasde candidíase. O exame citopatológico da lesão de lábio foi compatível com um processo inflamatório de padrão ulcerado e da mucosa oral apresentou inflamação leve, com leveduras e hifas. O exame de cultura identificou a espécie de C. krusei. O paciente permaneceu internado por um período total de 42 dias, com evolução para o óbito devido ao quadro sistêmico. Conclusão: Apesar de a C. krusei. raramente estar associada com quadros de candidemias, sua identificação pode estar associada com quadros sistêmicos graves.