Distribuição espacial e temporal da tuberculose em povos indígenas no estado do maranhão
International Journal of Development Research
Distribuição espacial e temporal da tuberculose em povos indígenas no estado do maranhão
Received 03rd September, 2019; Received in revised form 11th October, 2019; Accepted 06th November, 2019; Published online 30th December, 2019
Copyright © 2019, Karina Vanessa Chagas da Silva Sá, et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Objetivo: Analisar a distribuição espacial e temporal dos casos novos de tuberculose em indígenas no Estado do Maranhão. Métodos: Estudo ecológico de série histórica (2010-2014) dos casos novos de tuberculose em indígenas no Maranhão notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os resultados encontrados, após o georreferenciamento dos casos, foram apresentados em mapas temáticos elaborados no Sistema de Informação Geográfica (SIG), ArcGis, versão 10.1. Resultados: De 2010 a 2014, foram notificados 178 casos de tuberculose, distribuídos nas 19 Unidades Regionais de Saúde (URS) do Estado. Observou-se maior frequência na faixa etária de 20-39 anos (38,8%), no sexo masculino (68,3%), com ≤8 anos de estudo (50,0%), residentes na zona rural(74,2%), na forma pulmonar (94,4%), bem como a não realização do teste tuberculínico (78,7%), a positividade da bacterioscopia na primeira amostra (50,0%), negatividade na segunda amostra (32,0%), a não realização da cultura (90,4%), e o resultado negativo do teste anti-HIV (53,4%). As maiores incidências foram nas URS: Bacabal, Codó, Rosário, Pinheiro, São Luís, Itapecuru-Mirim, Balsas, Chapadinha e Presidente Dutra. Conclusão: Houve uma considerável expansão geográfica da tuberculose na população indígena no Maranhão, com altas taxas de incidência, sendo necessária a adoção de medidas mais eficazes de prevenção, detecção e controle da doença nessa população, especialmente em áreas de terras indígenas.